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Aceitação e Autoestima

Quando falamos em aceitação, estamos nos referindo a nós nos aceitarmos como somos: indivíduos trilhando uma jornada e cometendo erros e acertos durante o percurso. Temos uma tendência a ficarmos felizes com nossos acertos, mas ao mesmo tempo, a nos julgar e condenar de forma às vezes até exagerada, quando cometemos algum engano.

Se aceitar, é justamente nos acolhermos a todo momento, vibrar com nossas vitórias, mas ao mesmo tempo entender nossos erros e não nos julgarmos inferiores ou nos deixarmos levar pelo sentimento de menos valia.

Claro que também não vamos passar a mão em nossa cabeça e fazer disso uma prática. Errar e voltar a cometer o mesmo erro várias vezes sem ao menos nos esforçar para mudar a situação, deixar que o comodismo se aposse de nós.

Muito pelo contrário, errar, é ter a oportunidade de avaliar o ocorrido, refletir sobre o aprendizado que podemos tirar daquilo e buscar formas de fazer diferente da próxima vez, sem autojulgamento, sem autocondenação e sem nos punir, uma vez que essas atitudes fazem com que nossa autoestima se enfraqueça cada vez mais.

Acolher nossos erros e fracassos, é uma forma de também treinar em nós, nossas potencialidades, porque eles nos impulsionam a buscar em nós, ferramentas para transformá-los em aprendizados. Isso é na verdade, um grande desafio, uma vez que é muito mais fácil cairmos no comodismo e vitimismo do que encarar como uma chance de evolução pessoal.

Conhecer nossas limitações e reconhecer nossos erros, é essencial também para a nossa relação com o outro. Quando nos percebemos como seres falíveis e aceitamos isso em nós, consequentemente fica mais fácil de aceitarmos os erros dos outros, porque entenderemos que todos nós somos uma mistura de erros e acertos. Ninguém é feito só de erros e ninguém é perfeito, estamos todos em busca de nossa evolução pessoal e cada um age como sabe e consegue fazer.

Quando não perdoamos nossos erros, quando somos nosso pior juiz, quando só enxergamos culpa em nós e não reconhecemos nossas potencialidades, estamos criando uma imagem negativa de nós mesmos e não estamos valorizando nossa identidade. Como consequência disso, nossa auto estima ficará lá embaixo.

Além da autoestima estar relacionada à forma como nos vemos e nos aceitamos (aceitação), ela também tem a ver com a forma que o outro nos tratam e nos veem. Sermos amados, elogiados, queridos e aceitos na sociedade, faz com que elevemos nossa autoestima, uma vez que, ser reconhecido pelo outro, é uma forma de desenvolver em nós o amor próprio.

Quando estamos com uma baixa autoestima, estamos propensos a adoecer emocionalmente, a nos isolar, a não correr atrás de nossos sonhos e a nos sentir inferiores porque depositamos no outro a expectativa de sermos valorizados. A baixa autoestima pode, inclusive, afetar diversas áreas de nossa vida como, a nossa vida pessoal, profissional e social.

É importante ficarmos atentos aos sinais que podem nos revelar uma baixa autoestima, por isso, podemos frequentemente nos questionarmos sobre:- Me sinto incapaz de cumprir metas e correr atrás dos meus sonhos e projetos?- Me sinto bem quando estou em público ou me sinto desconfortável?- Tenho acolhido meus erros sem me condenar por tudo?- Quando me olho no espelho, gosto do que vejo?- Como está minha vida social? Faço amigos? Sinto que sou acolhida pelos outros?- Consigo emitir minha opinião ou acho sempre que o outro vai me julgar e com isso evito falar? – Reconheço minhas potencialidades ou vejo apenas o negativo em mim?- Sou muito perfeccionista? Me cobro o tempo todo dar conta de muitas atividades?- Estou num relacionamento abusivo e não consigo sair dele porque me acho incapaz?

É importante que procuremos ajuda quando nos percebermos infelizes com nosso eu, quando percebermos que está difícil encontrar algo de positivo em nós. Não deixarmos que a baixa autoestima nos faça desistir de sonhar e buscar nossa felicidade. Com ajuda de um profissional, podemos trazer para o claro aquilo que de bom existe em nós, mas que, desconhecemos.

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