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Nunca se falou tanto em saúde mental

Com a chegada da pandemia, o mundo passou a temer não só as mortes que o vírus do Covid-19 está  espalhando pelo planeta, como também as consequências que o isolamento pode trazer para a saúde mental do ser humano.

Somo seres sociáveis, precisamos estar em contato com outras pessoas para realizar trocas culturais, históricas, familiares, vivências pessoais e emoções.

Limitar nossa liberdade, nos aproxima da solidão e por consequência, pode aumentar as chances de desenvolvermos depressão e outros transtornos de humor e por isso, a grande preocupação com uma epidemia paralela que afete nossa saúde mental.

Estávamos acostumados a uma rotina intensa de trabalhos, cursos, vida social e tantas outras ocupações que impulsionavam nossa vida, havia uma razão para se viver. De repente, nos vemos impedidos de frequentar os locais que para nós eram tão rotineiros e, ainda que aos poucos a rotina esteja voltando ao normal, o medo de sair e estar próximo a outras pessoas nos trazem muita insegurança.

Se antes já chegávamos abraçando todo mundo (que saudades desses abraços), hoje é estranho estar próximo de pessoas que gostamos tanto, mas temos que manter a distância, sem nos aproximar e sem sequer poder pegar sua mão.

E como fica nossa saúde mental nisso tudo? Principalmente nós brasileiros, que possuímos uma alegria contagiante e um jeito de ser acolhedor e caloroso.

Como se acostumar com esse “novo normal” sem nos afetar?

Jovens e crianças que estão em processo de formação e precisam de vivências sociais para construírem um sentimento de pertencimento e identificação, estão isolados, tendo as redes sociais como única amiga (que muitas vezes passa a ser inimiga).

E o que fazer?

Como não se deixar abater nesse cenário de perdas irreparáveis e vazio incalculável?

Infelizmente não há uma receita para seguir, mas algumas atitudes, já tão compartilhadas, precisam ser colocadas em prática, porque apesar de repetitivas, são elas que podem nos manter firmes até esse processo acabar e finalmente, possamos voltar ao nosso jeito brasileiro de ser.

Para nos manter firmes, precisamos:

–  Antes de tudo, cuidar da nossa rotina, ao acordar pensar: o que posso fazer para me fazer feliz hoje?

– Não criar expectativas com o futuro para não deixar a ansiedade dominar. Por mais que seja importante fazer planejamentos e estabelecer metas, em meio a uma pandemia, o mais importante estabelecer pequenas metas;

– Ainda que de forma virtual, conversar com amigos, fazer lives em grupo, criar o hábito de fazer ligações e não se acomodar apenas em enviar mensagens pelo whatsapp;

-Se ocupar com coisas agradáveis, que tirem o foco das redes sociais, computador e TV, que apesar de serem grandes aliados nessa época, podem estar nos impedindo de ter outras experiências e realizar outras atividades.

Poderia listar tantas outras coisas, mas tudo parece já muito repetitivo e acredito que, depois de um ano e meio de pandemia, muitas coisas que fizemos durante o isolamento não enche mais nossos olhos.

Por isso, acho que a melhor coisa é se ouvir, buscar dentro de si, as respostas que muitas vezes buscamos fora. Precisamos entender que, o que serve para o outro, pode não servir para mim, porque minhas necessidades são diferentes, minhas dores e meus sentimentos são únicos.

Então, que possamos nos permitir ouvir nossa alma e nosso coração. Entender como eles estão e do que eles precisam. Respeitar nossos sentimentos sem cobranças, sem culpa.

 Entender que todos estamos em processo e tudo bem não estar bem o tempo todo, mas ficarmos atentos, pacientes com nossas dores e o mais importante: praticar o AUTOAMOR, só ele poderá nos motivar e fortalecer todos os dias, até que essa tempestade passe.

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