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Positividade tóxica: você já ouviu falar?

Tem afetado muitas pessoas durante a pandemia, quer saber mais um pouco?

Não aguenta mais essa pandemia?

Hoje ao acordar pensei nisso: o que parecia ser rápido e passageiro, foi se instalando na nossa rotina, tomando conta de nossos dias, alterando nossa forma de viver e parece que não quer mais ir embora.

Já estamos nos sentindo exaustos de tantas reportagens sobre covid,  registros de casos, de mortes, altos e baixos, liberações e voltas ao confinamento…

E como fica nossa saúde mental nisso tudo?

Do início do impacto com a chegada da pandemia até agora, como estamos “sobrevivendo” a esse período de medo e tensão? Como tem sido vivenciar tantas perdas que parecem cada vez mais próximas de nós?

Qual a sensação de estarmos vivos? de não termos sidos “escolhidos” pelo vírus até agora? Ou se ele nos escolheu, qual a sensação de que pelo menos ele nos “deixou” vivos?

Tudo parece estranho, parece que somos protagonistas de um filme de ficção científica, meio surreal, daqueles que pareciam tão fantasiosos e irreais.

Tá difícil! Muito difícil!

Mas estamos vivos! E como tal, como estamos lidando com a vida? O que estamos fazendo a cada amanhecer para nos sentirmos impulsionados a sair da cama e enfrentar mais um dia?

Que estratégias você tem usado para manter um mínimo de motivação e ânimo?

A essa altura, muitos já cansaram de cozinhar, pintar, assistir lives ou qualquer outra coisa que no início do confinamento nos fizeram companhia.

A família vivendo mais tempo reunida, que de início também foi muito valioso, hoje já ficou corriqueiro e os problemas de relacionamentos vão surgindo de forma mais intensa, afinal, muitas vezes são muitas pessoas para pouco espaço.

E com o pensamento vagando sobre essa realidade, fiquei pensando…. mas o que dizer? O que fazer? Como mudar tudo isso, se ainda nem temos noção de até quando esse vírus estará entre nós, fazendo tantos estragos?

Então na minha mente só vem duas palavras: gratidão e criatividade.

Sim, gratidão… por mais difícil que esteja sendo essa experiência, algum aprendizado ela está nos trazendo. Estamos mais atentos à vida, valorizando mais o estar vivo, porque o medo de morrer muitas vezes nos invade. Estamos mais humanos, mais solidários, porque o problema não está em mim ou em você, está no mundo e como tal, há uma comoção quando vemos a dor espalhada ao nosso redor. Se a gente parar um pouco, poderemos encontrar muito a agradecer, sem demagogias, mas situações reais que nos impulsionam a cada momento para continuarmos lutando pela nossa vida.

E criatividade, porque nesse momento já estamos saturados de tudo a que nos dispusemos fazer no início, e é hora de buscarmos novas ferramentas, novidades, ideias inovadoras que nos tirem da rotina e, dentro do possível, nos faça sentir pulsar em nós aquela sensação que há muito não sentimos, do coração vibrar de prazer ao realizar algo diferente.

Se no início gostava de cozinhar e assistir filmes e agora já está sem nenhuma empolgação para fazer isso, que tal parar e buscar algo que nunca fez antes? Que tal se arriscar numa caminhada por um lugar diferente daquele parque que vai todos os dias? Que tal chamar a família e fazer um karaokê virtual? Um jogo de perguntas onde a família que ganhar receba um bônus para fazer um pedido de delivery?

O mais importante mesmo, é não parar, não desistir, insistir e reagir.

Você não está sozinho! 

6 Responses to “Positividade tóxica: você já ouviu falar?

  • “O mais importante mesmo, é não parar, não desistir, insistir e reagir.”

    É isso que estou tentando ao acordar dos dias. Mas ao mesmo tempo me pergunto “insistir e reagir ao que?!” “Fico feliz ou triste por sobreviver ao vírus?” “Quando esse medo vai passar?”

    Difícil, muito difícil! O que me move é ter pessoas maravilhosas, inclusive a que escreveu esse texto, junto comigo nesse caminhar. Aonde vamos chegar? Não sei… mas até que o caminho é lindo, florido e cheio de amor.

    • Olá Marina, como a @anaregina falou, tudo na vida tem um propósito e talvez o dessa situação que estamos vivendo seja o de nos fazer parar um pouco, nos ouvir e perceber pois no turbilhão da roda da vida, em geral, não temos tempo para isso.
      Com certeza tem sido dias difíceis e a POSITIVDADE TÓXICA muitas vezes não ajuda, ou até atrapalha mas por outro lado eu questiono: e vamos fazer o que, deixar “rolar morro abaixo”? Talvez tudo ficasse ainda pior.
      É por isso que nós do ACOLHE-DOR trabalhamos para não deixar isso acontecer.
      Um dia de cada vez… um passo de cada vez… INSPIRAR, RESPIRAR e NÃO PIRAR.
      Junte-se a nós nessa caminhada!

      • Rolar morro abaixo eu não deixo não, mas posso “deixa a vida me levar…”? Kkkkkk obrigada pelas palavras e carinho! E vou me juntar a vocês sim ♥️

  • Ana Regina
    3 anos ago

    Gostaria muito de ter todas as respostas e poder aliviar teu coração, mas não tenho.
    O que posso te dizer é que , ainda que seja difícil demais, ainda que tenhamos medo, vale a pena viver um dia de cada vez. Vale a pena buscar um motivo para viver nas pequenas coisas que ainda encantam nossa alma.
    Há sempre algo bom em cada dia e, o mais importante, você não está sozinha, estamos aqui se quiser conversar, é só entrar em contato conosco 🙂

  • Com certeza, pensar nas coisas “pequenas” que encantam a minha alma é o que me faz continuar seguindo e vivendo um dia de cada vez. Como eu disse, não sei para onde vamos, mas o caminhar é bonito 🥰

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  • Como ter um ano novo de verdade - Acolhe-Dor :

    […] falo aqui em sermos excessivamente otimistas, numa positividade tóxica, mas em olharmos os fatos com mais clareza e buscar neles o que pode acontecer de ruim e o que pode […]

    2 anos ago

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